ÚLCERA DE MARJOLIN E AMPUTAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR COMO TERAPÊUTICA INSTITUÍDA: UM RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.53612/recisatec.v2i3.101Palavras-chave:
Úlcera de marjolin, Carcinoma espinocelular, Câncer de pele, Queimadura, CicatrizResumo
O câncer de pele caracteriza-se por divisão anormal de células cutâneas, compreendendo o tipo mais comum de neoplasia no mundo e se configurando como um sério problema de saúde pública. Nesse contexto, o carcinoma espinocelular tem significativa importância por representar boa parte dos casos e apresentar potencial para lesão tecidual e metástase. De forma rara a prática médica se depara com uma forma especial deste tipo de tumor: a Úlcera de Marjolin. Objetivou-se relatar a clínica, tratamento e evolução após amputação de membro inferior de paciente diagnosticado com carcinoma espinocelular originado em sítio cicatricial residual a uma lesão térmica. Trata-se de um relato de caso de um indivíduo do sexo masculino, 52 anos, que percebeu aos 40 anos o surgimento de uma lesão crostosa que posteriormente tornou-se ulcerativa sobre tecido cicatricial proveniente de queimadura sofrida na infância na região poplítea esquerda. Somente após 12 anos de evolução concluiu-se o diagnóstico e instituiu-se tratamento com amputação transfemoral no membro inferior esquerdo. A úlcera de Marjolin, quando diagnosticada e tratada adequadamente e de forma precoce, compreende um bom prognóstico a pacientes acometidos por esta entidade clínica. Evidenciou-se um desfecho desfavorável que se deu motivado pelo atraso no diagnóstico e tratamento da neoplasia.
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