A HUMANIZAÇÃO DO PARTO - SUA INFLUÊNCIA NA PRÁTICA DE EPISIOTOMIA SEM INDICAÇÃO CLÍNICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53612/recisatec.v2i3.104

Palavras-chave:

Episiotomia. Parto Humanizado. Violência Obstétrica.

Resumo

Mesmo com a existência das recomendações, observa-se que no Brasil tem sido frequente o emprego inapropriado da episiotomia, e, portanto das implicações negativas para a mulher como o desconforto físico, riscos de infecção pós-parto, aumento de perdas sanguínea, disfunção sexual e outras. O estudo objetiva saber se a humanização do parto influencia na prática de episiotomia sem indicação. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura realizado em seis etapas interligadas: elaboração da pergunta norteadora, busca na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. Utilizou-se a estratégia PICo, em que P refere-se à população (Gestantes em trabalho de parto); I refere-se ao interesse do estudo (Uso da Episiotomia); C refere-se ao contexto em que o estudo se pauta (Humanização do parto vaginal) e O aplica-se aos resultados (Parto normal sem Episiotomia).  Observa-se que a episiotomia é uma prática inapropriada e prejudicial à saúde da mulher quando não recomendada. É um dos procedimentos cirúrgicos mais utilizados na obstetrícia atual, chegando ao alarmante percentual entre 12,2% a 75%, contrariando a Organização Mundial da Saúde – OMS que preconiza apenas 10% excepcionalmente.  Concluímos que as contribuições da pesquisa visam aprofundar a discussão de que a prática da episiotomia em partos vaginais está absolutamente em desacordo com a OMS, afirmando que devemos adotar medidas de cuidado comprovadas cientificamente. A prática da episiotomia de forma indiscriminada sem indicação clínica configura-se negligencia e desrespeito a mulher, colocando o binômio mãe-filho em situação de risco.

 

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Biografia do Autor

Jorge Luiz Moreira de Sousa

Graduado em Ciências Biológicas (UESPI), Graduado em Enfermagem (FAMEP), Graduando em Administração (UESPI) – Especialista em parasitologia, Gestão Educacional, Atendimento Educacional Especializado/AEE, Mídias na Educação, Urgência e Emergência e Enfermagem Obstétrica.

Raquel Vilanova Araújo

Enfermeira Obstetra, Doutora em Enfermagem PPGENF-UFPI, Mestre em Ciências e Saúde- CCS/UFPI, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Santo Agostinho - UNIFSA, Docente do Curso de Residência em Enfermagem obstétrica - UFPI, Membro da Diretoria da ABENFO-PI, Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o Cuidar Humano e Enfermagem NEPECHE - UFPI, Coordenadora do Curso de Pós Graduação em Enfermagem obstétrica - Instituto de Ensino Superior Múltiplo - IESM.

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Publicado

19/03/2022

Como Citar

Moreira de Sousa , J. L., & Vilanova Araújo, R. (2022). A HUMANIZAÇÃO DO PARTO - SUA INFLUÊNCIA NA PRÁTICA DE EPISIOTOMIA SEM INDICAÇÃO CLÍNICA. RECISATEC - REVISTA CIENTÍFICA SAÚDE E TECNOLOGIA - ISSN 2763-8405, 2(3), e23104. https://doi.org/10.53612/recisatec.v2i3.104