ANALISANDO OS DISTURBIOS FUNCIONAIS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM ADOLESCENTES DE 14 A 19 ANOS PELA TERAPIA OCUPACIONAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53612/recisatec.v1i2.18

Palavras-chave:

Adolescente: Terapia Ocupacional; Saúde Mental; Transtorno de Ansiedade Geral

Resumo

A adolescência se caracteriza pela etapa cheia de desafios, permeada por sentimentos ambivalentes, que se mal elaborados podem acarretar adoecimento físico e/ou mental e funcional. Objetivo: Investigar o nível de perdas funcionais e sintomatologia de ansiedade, depressão e estresse em alunos do ensino fundamental e médio que alterassem a realização de atividades diárias e sias implicações na saúde dos adolescentes. Metodologia: pesquisa de intervenção com enfoque quanti-qualitativo, onde o aluno teve voz para analisar sua própria realidade. A coleta de dados se fez no decorrer dos espaços vagos das aulas, com a aplicação do DASS-21 e das oficinas. A análise se baseou nos escores dos testes e na mudança de comportamento dos adolescentes durante o percurso da pesquisa. Resultados: Participaram 113 adolescentes, sendo 71% meninas, dos quais, 77% apresentaram sintomatologia de depressão, 82% ansiedade e 90% estresse, com níveis moderado e severo. Na área funcional as maiores perdas foram relativas a área de atividade e participação e fatores ambientais, com 93% referentes a relações interpessoais e apoios. Conclusão: As oficinas representaram ferramenta eficaz para que o adolescente conseguisse externar seus conflitos internos e se constituiu em instrumentos da terapia ocupacional para cuidar da população jovem do município favorecendo o desenvolvimento de novas estratégias para lidar com esta enfermidade que afeta número considerável de jovens e produz grandes prejuízos em sua qualidade de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thaynan Silva Santos, Instituto Federal do Rio de Janeiro

Possui ensino médio pela Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro(2014). Graduando de Terapia Ocupacional pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) bolsista de Iniciação Científica do CNPq pelo projeto em andamento com ênfase em Educação, Violência escolar

Julia Silva Leal Tavares

Graduada em Terapia Ocupacional pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro(IFRJ) cursando o oitavo período, com projetos em andamento com ênfase em Educação, Violência escolar, Sexualidade e Educação Sexual.

Claudia Donelate, Unirio

Especialização em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes (2004). Membro do Comitê de Ética em Pesquisa e do Núcleo de Pesquisa em Gênero e Tecnologias Sociais do Instituto Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Gestão Acadêmica, Pesquisa e Desenvolvimento, com ênfase em gerenciamento de projetos.

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, IFRJ

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). 

Referências

Allain-Regnault, M.; Bwibo, N. O. & Chigier, E. (1986). Young people’s health – A challenge for society. World Health Organization; Technical Report Series, Geneva, 731, 1–117.

American Pyschiatric Association (APA). (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-V. 5 ed. Porto Alegre: Artmed.

Andrade J.V., Pereira L.P., Vieira P.A., Silva J.V.S. da, A de Macedo Silva A de, Bonisson M & Castro J.V.L. (2019). Ansiedade: um dos problemas do século XXI. Rev Saúde ReAGES, 2(4),34

Assis, S. G., Avanci, J. Q., Pesce, R. P., & Ximenes, L. F. (2009). Situação de crianças e adolescentes brasileiros em relação à saúde mental e à violência. Ciência & Saúde Coletiva, 14(2), 349-361. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000200002

Barros RB. (2007). Grupo: a afirmação de um simulacro. Porto Alegre: SuSol.

Barros RB. (2001) Grupo: estratégia na formação. In: Brito J, Barros ME, Neves M, Athayde M, organizadores. Trabalhar na escola? “Só inventando o prazer. Rio de Janeiro: Edições IPUB/UFRJ.

Beck, J.S. (2013). Terapia Cognitiva- comportamental: Teoria e Pratica. Porto Alegre. Artmed

Blakemore, S. J.& Mills, K. L. (2014). Is adolescence a sensitive period for sociocultural processing? Annual Review of Psychology, Palo Alto, 65, 187–207. DOI: https://doi.org/10.1146/annurev-psych-010213-115202

Boarati, M. A.; Kause, R. N. & Felício, J. L. (2018). Psiquiatria na adolescência. In: Meleiro A. (Ed.). Psiquiatria: estudos fundamentais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Brasil. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). (2019). Censo da Educação Superior 2018: notas estatísticas. Brasília, DF.

Brasil: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (2000). Censo brasileiro, Brasília, DF.

Cabral, M. C & Shinohara, H. (2010). Transtornos de Ansiedade na Criança: Um olhar nas comunidades. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Terapias, 6 (1).

Capra F. (2006). A teia da vida. São Paulo: Cultrix.

Cid, M. F. B. & Gasparini, D. A. (2016). Ações de promoção à saúde mental infanto-juvenil no contexto escolar: um estudo de revisão. Revista FSA, Teresina, 13 (1), 97-114. DOI: https://doi.org/10.12819/2016.13.1.6

Costello EJ & Angold A. Epidemiology (1995). In: March JS. Anxiety Disorders in Children and Adolescents. New York: Guilford.

Cruvinel, M. & Boruchovitch, E. (2004). Síntomas depresivos, estratégias de aprendizagem e rendimento escolar de alunos do ensino fundamental. Psicologia em estudo, 9(3), 369-378. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722004000300005

Dahl, R. E. (2004). Adolescent brain development: A period of vulnerabilities and opportunities. Ann. N.Y. Acad. Sci., New York, 1021,1-22. DOI: https://doi.org/10.1196/annals.1308.001

Fleitlich-Bil, Y.K.B.& Goodman, R. (2004). Prevalence of child and adolescent psychiatric disorders in southeast Brazil. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 43 (6), 727-734. DOI: https://doi.org/10.1097/01.chi.0000120021.14101.ca

Johnson, M. K.; Crosnoe, R. & Elder, G. H. (2011). Insights on adolescence from a life course perspective. J. Adolesc. Res., Tucson, 21(1),273–280. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1532-7795.2010.00728.x

Jones, P. B. (2013). Adult mental health disorders and their age at onset. Br. J. Psychiatr., London, 202 (54). DOI: https://doi.org/10.1192/bjp.bp.112.119164

Kieling, C., & Belfer, M. (2012). Oportunidade e desafio: A situação da saúde mental da infância e adolescência no Brasil. Revista Brasileira de Psiquiatria, 34(3), 241-244. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rbp.2012.05.003

Last CG, Hersen M, Kazdin A, Orvaschel H & Perrin S. (1991). Anxiety disorders in children and their families. Arch Gen Psychiatry. 48, 928-34. DOI: https://doi.org/10.1001/archpsyc.1991.01810340060008

Leahy, R. L . (2011). Livre de Ansiedade. Porto Alegre. Artmed.

Lopes, F. G.; Carvalho, M.L. & Barbosa, F.S. (2014). Neurobiologia das doenças mentais. 5. Ed. São Paulo: Lemos.

Lovibond, P., & Lovibond, S. (1995). The structure of negative emotional states: Comparison of the depression anxiety stress scales (DASS) with the Beck Depression and Anxiety Inventories. Behaviour Research and Therapy, 33(3), 335-343 DOI: https://doi.org/10.1016/0005-7967(94)00075-U

Menezes, G.B, Fontenelle L.F., Mululo, S. & Versiani, M. (2007). Resistência ao tratamento nos transtornos de ansiedade: fobia social, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico. Rev Bras Psiquiatr, Porto Alegre, 29 (supl.2), 55-60. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-44462007000600004

Moura, I. M., Rocha, V. H. C., Bergamini, G. B., Samuelsson, E., Joner, C., Schneider, L. F., & Menz, P. R. (2018). A terapia cognitivo-comportamental no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. Revista Científica Da Faculdade De Educação E Meio Ambiente, 9(1), 423–44. DOI: https://doi.org/10.31072/rcf.v9i1.557

Obelar. R. M. (2016). Avaliação psicológica nos transtornos de ansiedade: estudos brasileiros, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Instituto de Psicologia, Monografia apresentada do Curso de Especialização em Avaliação Psicológica.

Pezzato LM & L’Abbate S. (2011). O uso de diários como ferramenta de intervenção da Análise Institucional: potencializando reflexões no cotidiano da Saúde Bucal Coletiva. Physis, 21(4),1297-1314. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73312011000400008

Pitta, J. C. N. (2011). Como diagnosticar e tratar transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Medicina, 68 (12), 6-13.

Pollock MH, Otto MW, Sabatino S, Majcher D, Worthington JJ & McArdle ET. (1996). Relationship of childhood anxiety to adult panic disorder: correlates and influence on course. Am J Psychiatry. 153, 376-8. DOI: https://doi.org/10.1176/ajp.153.3.376

Mendes, LM & Pezzato, DP Pesquisa-intervenção em promoção da saúde: desafios metodológicos de pesquisar “com”. Ciênc. saúde colet. 21 (6) DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015216.07392016

Reyes, A. N & Fermann, I. L. (2017). Eficácia da terapia cognitivo-comportamental no transtorno de ansiedade generalizada. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro, 13 (1),49-54.

Rocha, T., Zeni, C., Caetano, S., & Kieling, C. (2013). Mood disorders in childhood and adolescence. DOI: https://doi.org/10.1590/1516-4446-2013-S106

Revista Brasileira de Psiquiatria, 35, 22-31.

Salk RH, Hyde JS & Abramson LY. (2017). Gender differences in depression in representative national samples: meta-analyses of diagnoses and symptoms: Meta-analyses of diagnoses and symptoms. Psychological Bulletin. 143(8):783-822. DOI: https://doi.org/10.1037/bul0000102

Saravanan C & Wilks R. (2014). Medical Students’ Experience of and Reaction to Stress: The Role of Depression and Anxiety. The Scientific World Journal. 14, 1-8 DOI: https://doi.org/10.1155/2014/737382

Silverman WK & Ginsburg GS. (1995). Specific phobia and generalized anxiety disorder. In: March JS, Anxiety Disorders in Children and Adolescents. New York: Guilford Press.

Torresan, R. C, Smaira S.I., Ramos-Cerqueira A.T.A. & Torres. A.R. (2008). Qualidade de vida no transtorno obsessivo-compulsivo: uma revisão. São Paulo: Rev. Psiquiat. Clín., 35 (1), 13-19. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-60832008000100003

Wang C, Pan R, Wan X, Tan Y, Xu L & Ho CS. Immediate psychological responses and associated factors during the initial stage of the 2019 coronavirus disease (COVID-19) epidemic among the general population in China. Int J Environ Res Public Health. 2020;17(5):1729 DOI: https://doi.org/10.3390/ijerph17051729

Werner AS, Ryser L, Huber E, Uebelhart D, Aeschlimann A & Stucki G. (2002). Use of the ICF model as a clinical problem-solving tool in physical therapy and rehabilitation medicine. Phys Ther;,22,1099-107

World Health Organization (2003). Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde. São Paulo: Edusp.

World Health Organization (2012). Adolescent mental health: Mapping actions of nongovernmental organizations and other international development organizations. Geneva

Downloads

Publicado

14/09/2021

Como Citar

Silva Santos, T. ., Silva Leal Tavares, J., Donelate, C. ., & Bittencourt Fernandes da Silva, A. M. (2021). ANALISANDO OS DISTURBIOS FUNCIONAIS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM ADOLESCENTES DE 14 A 19 ANOS PELA TERAPIA OCUPACIONAL. RECISATEC - REVISTA CIENTÍFICA SAÚDE E TECNOLOGIA - ISSN 2763-8405, 1(2), e1218. https://doi.org/10.53612/recisatec.v1i2.18