PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E ESTRESSE PROFISSIONAL EM DOCENTES DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO PRIVADO NA ZONA DA MATA MINEIRA: UM REFLEXO DA PANDEMIA OU APENAS RESULTADO DO TRABALHO?
DOI:
https://doi.org/10.53612/recisatec.v2i1.75Palavras-chave:
depressão, ansiedade, estresse ocupacional, docentess, covid-19Resumo
Introdução: O coronavírus infectou e matou inúmeras pessoas, para contê-lo surgiram as medidas de isolamento e distanciamento social. No meio acadêmico, foi instituído o ensino remoto adaptado, assim os professores se inseriram num contexto onde a tecnologia e a gestão de tempo podem ser ou não aliadas. Objetivos: traçar o perfil epidemiológico dos professores e avaliar transtornos como estresse no trabalho, depressão e ansiedade. Métodos: Estudo transversal quantitativo que utilizou 4 questionários, 3 já validados adaptados para modelo virtual e 1 autoral online, o convite foi feito por e-mail e whatsapp. Resultados: Participaram da pesquisa 22 professores de 10 cursos diferentes, de maioria feminina, em união estável, com renda até 10 salários e menos que 39 anos de idade. Destes, 12 (54.6%) foram classificados como levemente depressivos e 2 (9.1%) como graves, para a ansiedade 5 (22.7%) eram leves, 2 (9.09%) moderados e 1 (4.54%) severo, para o estresse 5 (22.7%) detinham alto grau, e do total 8 (36.4%) possuíam mais de um diagnóstico. Conclusão: Embora a adesão tenha sido menor do que a esperada, os resultados parecem indicar uma tendência ao adoecimento e recaídas em professores, sendo necessário avaliar as variáveis relacionadas às enfermidades.
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